sábado, 21 de novembro de 2009

Trocam os brinquedos



Cartolas ao alto em um bordel, prostitutas com vestes vermelhas ou a falta delas, provocam orgasmos gritantes em aventureiros impetuosos da vida noturna. A beleza dos lábios da cortesã em contraste harmônico a ferida sentimental daquele que entrou apenas para esquecer aquela que cortejava seu coração.

Cortesãs de corações arranham até sangrar amor de um beijo, respiram sexo, sofrem com o abandono de algum dos mil corpos sobre seus corpos, pegos sem apegos, sentem obrigadas a não sentirem prazer. Elas são estrelas negras proibidas infringidas por homens movidos pelas sensações luxuriadas, deságuam desejos em camas com lençóis cheirando deleites sem compromisso.

Antro de perdição, o mais doce do inferno aos seus pés, para por fogo e queimar até cansar, sentir-se exausto e esvaziar os bolsos, até a hora de gozar, gozar da vida escura, que acorda quando todos vão dormir e dorme enquanto todos estão acordados.

Cordas com mulheres penduradas penduram olhares a todo o momento, ruídos e gemidos, identificados mais tardes por uma linguagem vulgar, palavreado baixo que desperta excitação, inquietação da pele a pele.

Bebidas, absintos vendendo como água, uma convenção de fadas verdes nuas se materializam no prostíbulo, a imaginação entorna os copos de álcool e torna os desejos virgens, mas ainda mais insanos por se tratarem do primeiro pensamento completamente sórdido. Todos ainda são crianças, apenas trocaram o dever da escola pelo trabalho e as brincadeiras pelo sexo.



Music :



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Planeta dos macacos




Uma idéia acaba de fugir junto a vácuo, e eu queria poder fugir junto a ela, mas ela não me levou. Seria mais fácil se algumas coisas não se materializassem. Uma falsa lagrima em pensamento, a cabeça em lapso espontâneo de insanidade mental. Seria louco e casaria com a demência.
O doce gosto dos lábios da loucura inibe sentidos primários, e aguçam a vontade de rosar as bochechas da prudência exata com que as palavras são coladas na boca de quem não queria as dizer.
A preocupação do esquecido em ser lembrado, o os olhos brilhando do surpreendido pela surpresa, sempre organizada as pressas. A festa das formigas com bala de menta ao chão.
A boneca com a cara riscada e o cabelo cortado, que mesmo com esperança infantil não irá crescer. O susto do balão que antes de ser amarrado já é estourado. A prisão eterna do tempo ao relógio.
Levemente irritado eu sugiro que retirem todos os estranhos da terra, para que eu fique sozinho. Moderadamente bravo eu suplico que exterminem no tempo as suas vozes, para que o silêncio corroa meus ouvidos. Extremante nervoso me auto-diagnostico LOUCO.

Carona!

As vezes o fim da noite nos reserva supresas, como esta :

Quatro portas abertas esperando-o entrar, uma carona, um carro que jamais irá parar de rodar quilômetros em corações alheios, quatro opções de onde sentar, sem duas vezes pensar sentou-se ao lado do primeiro anjo que viu seqüestrar sorrisos para algum lugar, um lugar qualquer.

E se eu acabasse de saltar do último andar da insanidade em queda livre?

Revelaria suas asas e em algum momento me salvaria de cair sobre adagas afiadas e horrendas, encharcadas do sangue daqueles que caíram de pára-quedas na vida de alguém e não foram amados o quanto esperavam.

Cativando olhares empolgantes a loucura beija meus lábios, dementes e incessantes. As nuvens têm orgasmos como chuva sobre nossas cabeças, os gemidos dos deuses se confundem ao som dos trovões, uma transa divina para seres divinos, uma tempestade para criaturas que dançam na inocência de serem únicos a gozarem da vida.

Vivemos em um baile, com bailarinos que seduzem pensamentos ardentes, passam a língua em volta do desejo, agarram com força o prazer de provocar quem não esta dançando.

Beba, beba muito, embriague todos os seus sentidos e fique pelado espiritualmente, fique totalmente nu, tire a raiva que veste sobre os ombros, o stress que tem sobre os pés e principalmente, não se esqueça de gritar. grite muito, assim vão mandar você calar a boca com mais bebida. Bem, consegui embriagar meus sentidos, mas meus sentimentos ainda lembram que já falei de anjos, mesmo descobrindo que eles não me fazem bem.


MUSIC :



MORREU PRA MIM !



Somos uma só balança e meu mau humor pesa mais que a tua irônica arrogância, amável, contraditoriamente detestável. Horrendamente plausível para quem vê de fora, entretanto árduo para quem sente.
Um retardado apaixonado por um ser em eterna adolescência, ofuscante em sorrisos demasiadamente sarcásticos, que induzem ao absurdo.
Sentado sobre o muro da lamuria sentimental, temendo cair de pés descalços sobre as laminas afiadas da solidão, onde um abraço é renegado, na incerteza de ser apenas um abraço.
Por delírio único de felicidade preferi beijar a insanidade a viciar em lábios docemente frustrados, por não encontrarem em outras bocas o suficiente para calá-los e saná-los.
A minha psicose já foi decorada, me sinto exagerado, recalcado pelos borrões inconseqüentes da minha imagem, adulterada pela idade que a mim pertence. Duendes verdes embriagados estão batendo na porta do meu coração, abro as portas ou não?!
Duendes malucos e inconseqüentes!
Aproveitaram-se do constante pensamento e romperam as barreiras da coerência, de estar apaixonado, tocaria violão e cantaria para acalmar meus sentimentos,
MAS LEMBRA ? Eu não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo !
Assim como não consigo deixar de amar, ainda amando.


Bem, o texto acima foi o primeiro que direcionei a alguém, mas infelizmente não me responderam nada , nada mesmo. ficou ruim . Tenho o costume de escrever ouvindo alguma música , acho que estava ouvindo isso :

Happiness Is A Warm Gun - The Beatles .

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domingo, 8 de novembro de 2009

CERTEZA.

Suspenso no passado, lembro de beijos e beijo o presente, arranho o futuro, exorcizo sorrisos negativos, gritando calado, choro de olhos fechados. Amando abandonado.

Procuro esperando ser achado. Realizo cerimônias de sentimentos, caso o amor à dor, sem ter o poder de divorciá-los.
A rejeição lança seu laço que entorna meus passos e me levam ao chão, levanto com a certeza de que de nunca mais vou caminhar, pois apenas deixei de andar, para começar a voar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sem ser necessário

Não estou nem um pouco aliviado, estou em constante ebulição, vou explodir eclodir, evaporar, gritar, vou vomitar a verdade nos pés de quem as detesta. Amarrarei sorrisos a uma corda de confiança, faremos um cabo de guerra, não pela paz, mas sim pela alegria de alucinar em forcejos que geram caretas engraçadas, derrotando quem perdeu as forças de tanto rir.
Suspiros em baixo da água, majestosos golfinhos, afogam seus ouvidos no mar, para não enlouquecer com as desprezíveis mentiras automatizadas por siglas de candidatos ao poder, ao poder de poder enganar.
Trava - línguas, ligações para o inferno, conversas com os seus próprios demônios, hierarquias póstumas de ilusões satíricas que sagram ironias dementes enforcando minha sanidade e exorcizando meus medos. Mensagens do além, além de beijos selados pelo hálito de anjos, com asas prateadas que cegam de pureza olhares luxuria.
No purgatório desejos são amargados pelo pecado, declaram amor eterno a incerteza e cortam em pequenos pedaços a humildade da menina loira de olhos castanhos e lábios pequenos, que para uns possue sardas na cara, mas para João, é uma constelação de estrelas marrons grifadas em sua face.
Medo de se aproximar, arrepio de tocar , delírios de prazer calados por sinuosos beijos que cantam para sentimentos dançarem, corações debutantes.Te odeio com mil palavras,mas te amo sem a necessidade de nenhuma.