sábado, 5 de dezembro de 2009

A minha vez.

Teu sorriso arrogante me perturba, mas mesmo sangrando covardia, é tão doce. Meu muro de lamentações impõe regimes cardiais nazistas, o sangue que corre nas minhas veias é azul, amarelo ou incolor. O sentimento é dopante e espalha para todo o meu corpo pedaços de você.
A melhor parte de mim, ainda não esta completa. Estou trabalhando muito, embrulhando todos os meus sorrisos sonoros para gritar do alto da minha falta de vergonha e ver seu rosto rosar de timidez enquanto desprendo de mim um pouco do que sinto, para os ouvidos de todos que presenciam a cena.
Corri de pés descalços, pisando sobre os pedregulhos da tua indiferença, em ruas desertas chorando alto, cessando as lágrimas apenas quando o calor projetava uma miragem sua a quilômetros de mim. Suei medo de te perder. Parei de caminhar apenas quando não agüentavam mais, pois com o coração nos pés, calos corroíam meu amor, então, decidi descansar um pouco de você.
Repousei durante algum tempo, a solidão me acolheu e com braços frios me abraçou. Pensei em deixar de existir, mas agora, agora estou com os olhos brilhando, Pois vejam!

Vejam, eles estão chegando, são muitos. São eles, venham todos ver, eles são pra mim!


São bilhetes ou respostas, que já me olharam chorando, e me vêem agora sorrindo emocionado. Foi quando descobri que se corresse na direção contraria a que perseguia ou se parasse por um tempo, poderia causar a sensação de vazio em alguém, e tudo àquilo que eu queria preencher poderia ser por ela preenchido. Não te entrego flores, por que hoje estou as recebendo de ti.
Me morda, mas nunca me mastigue. Por favor!



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